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HIV

Tratamento contra HIV pode tornar vírus intransmissível

Os tratamentos contra HIV disponíveis atualmente estão disponíveis pelo SUS. Os medicamentos orais utilizados, chamados de antirretrovirais, são de alta eficácia, boa tolerabilidade e causam poucos efeitos adversos.

Por Redação

2 mins de leitura

em 15 de maio de 2023, às 14h47

Foto: Divulgação

Avanços no combate da infecção buscam tornar a carga viral indetectável no paciente, quando vírus já não é mais transmitido

Cientistas alemães, em recente anúncio, sobre o quinto caso registrado no mundo de um paciente considerado curado do HIV, colocaram o assunto em pauta. Esta é uma notícia que pode surpreender a população em geral porém o tratamento, em pessoas soropositivas, está bastante avançado.
“Se o paciente está em tratamento regular com carga viral indetectável o vírus é considerado intransmissível. Uma pessoa que vive com HIV e faz o tratamento regularmente tem uma sobrevida semelhante à população que não vive com HIV. Isso porque, além da alta eficácia dos medicamentos, o paciente segue um acompanhamento regular com infectologista que avalia toda sua saúde de forma global”, explica a infectologista Ana Carolina D’Ettorres.
Os tratamentos disponíveis atualmente estão disponíveis pelo SUS. A especialista detalha que os medicamentos orais utilizados, chamados de antirretrovirais, são de alta eficácia, boa tolerabilidade e causam poucos efeitos adversos. “Uma das metas do tratamento é alcançar essa carga viral indetectável, que ocorre quando a pessoa possui uma quantidade tão baixa de vírus no corpo que impede a transmissão por via sexual aos seus parceiros e parceiras”.
No entanto, o esquema terapêutico proposto para as pessoas soropositivas deve ser contínuo. “Ainda assim é importante continuar utilizando métodos de prevenção durante as relações sexuais, visto que essas medidas valem para proteger também contra outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) como sífilis, gonorreia e clamídia, por exemplo, que são infecções com grande impacto na saúde das pessoas”, alerta Ana Carolina.
De acordo com o Boletim Epidemiológico de IST/Aids/HIV de 2022 da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), houve um aumento de 60% de 2011 para 2021 nos casos diagnosticados no Espírito Santo. Ainda segundo a publicação, entre os anos de 1985 a dezembro de 2021, foram notificados 18.850 casos de pessoas vivendo com HIV no Estado, sendo 12.950 casos do sexo masculino (68,8%) e 5.900 casos do sexo feminino (31,2%).

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