Na manhã da última terça-feira, a Associação de Atividades Sociais do Setor de Rochas Ornamentais do Espírito Santo (Rochativa) promoveu um evento de encerramento de fim de ano para crianças e adolescente que participam do Projeto PsicoAtiva promovido pela instituição em parceria com o Instituto EDP e a EDP.
O Projeto PsicoAtiva leva atendimento psicológico individual para crianças e adolescentes das escolas públicas contempladas pela associação em Cachoeiro do Itapemirim. Funcionado há aproximadamente dois anos em uma sala/consultório angariada pelo Instituto EDP, ao lado da sede da Rochativa, o projeto presta atendimento psicológico semanal a 40 crianças e adolescentes de escolas públicas municipais e estaduais da cidade.
Esteve presente, representando a EDP o funcionário aposentado e voluntariado José Delerme de Castro, que trabalhou por 29 anos na instituição, falando sobre os riscos com a eletricidade nas dependências residenciais e redes de distribuição da EDP. Ele explicou de forma teórica sobre os perigos do mau uso da eletricidade e equipamentos eletrônicos com a finalidade de conscientizar e tornar a criança um adulto responsável e ciente dos riscos.
Presente em 11 bairros da ‘Capital Secreta’, atualmente o projeto opera em oito escolas do município desenvolvendo modalidades como: futebol, jiu-jitsu, capoeira, balé, coral, violão e o Grupo Psicoativa. O objetivo da Rochativa é proporcionar para as crianças e os adolescentes assistidos, o acesso ao esporte, à cultura e ao conhecimento, permitindo que assim os mesmos tenham uma melhora em seus rendimentos escolares e possam ter qualidade de vida.
O presidente da Rochativa, Valdecyr Robert Viguini, relata que o projeto de psicologia foi desenvolvido de acordo com a demanda existente nas escolas, nas quais já haviam outros projetos da Rochativa, e só foi possível alcançar tamanha proporção pelo apoio e parceria com a EDP. Diante dos bons resultados no projeto de psicologia, o presidente espera que outras instituições sintam-se encorajadas a apoiar o projeto, possibilitando aumentar o número de crianças e adolescentes atendidos.
Desde o início do Projeto Psicoativa, a psicóloga Débora Almeida reforça que o trabalho começa a colher bons frutos desses dois anos de funcionamento. Ela explica que muitas pessoas não têm ciência de que a saúde mental e a saúde física são duas vertentes fundamentais e indissociáveis da saúde. E que é de extrema importância que essa educação seja oferecida desde o início para as crianças e adolescentes que passam por dificuldades e discriminação associada à doença mental, e não tem como receber algum tipo de tratamento.
“É um projeto pioneiro. No início tivemos algumas dificuldades, mas agora estamos colhendo bons frutos desse período de aprendizado que tivemos. A saúde mental é essencial para que o ser humano apresente uma perfeita saúde física. O Projeto Psicoativa vem para suprir a carência da rede pública neste sentido”, destaca a psicóloga.
Pais agradecem o tratamento aos seus filhos
Existem diversos motivos para buscar um tratamento psicológico para as crianças. Cada uma delas apresenta uma forma comportamental durante a sua vida, portanto é importante que os pais sejam presentes e percebam algum comportamento diferente do habitual em seus filhos. Seja agressividade, baixo rendimento escolar, insegurança, dificuldade de interação, entre tantos outros.
A técnica em enfermagem Symone Godoy Furtado conta que sentiu sua filha muito introspectiva após descobrir que passava por um problema de saúde. Desde então, buscou no Projeto Psicoativa uma forma de apoio e orientação para que Anna Amélia pudesse externar e se sentir mais segura e confortável diante do seu problema de saúde.
“Eu só tenho a agradecer. Desde que ela passou a participar das aulas de balé e jiu-jitsu e receber o acompanhamento psicológico ofertado pelo Rochativa, seu comportamento diante do problema de saúde melhorou muito. É de grande valia, ainda, para a educação da criança. Hoje ela está 100% por conta do tratamento que recebe”, afirma Symone.
Instituição
A Rochativa foi criada a partir da preocupação de empresários e entidades como o Sindicato das Indústrias de Rochas Ornamentais, Cal e Calcários do Estado do Espírito Santo (Sindirochas) e demais instituições que compõem o segmento de rochas ornamentais em realizar um trabalho social de forma organizada e contínua. Fundada em janeiro de 2007, a Rochativa surgiu para complementar o Arranjo Produtivo Local (APL).