O nome dela é Manoela e o sobrenome, Brum Costa Fernandes. Mas, bem que poderia ser ‘Empoderamento’ ou qualquer outro termo que denote a capacidade feminina de correr atrás do que se quer.
Manoela nasceu em Mimoso do Sul, no Sul do Espírito Santo, passou a maior parte dos seus 31 anos no Rio de Janeiro, mas nunca perdeu o amor pela terra natal. Tanto que, há pouco mais de um ano, em plena pandemia do coronavírus, a design de moda inaugurou no Shopping Cachoeiro, em Cachoeiro de Itapemirim, a ‘Brum For Woman’.
Até o nome da loja especializada em moda fitness e casual é estratégico. Além de homenagear o avô materno, o alfaiate Milson Brum, Manoela, com a denominação, dá sinais do que pretende fazer “em um futuro próximo”: lançar uma grife própria.
“Hoje, ofereço as peças fitness e, com exclusividade aqui no Estado, a ‘Eufloria’, marca criada por uma grande amiga do Rio. Em breve, quero apostar na criação própria”, reforça a filha de uma dentista e um engenheiro florestal que, além das redes sociais, utiliza parcerias para incrementar as vendas.
A estilista parece carregar no sangue a ambição, a vontade de vencer. Aos 17 anos, deixou a casa dos pais, em Macaé, no Rio, para morar com uma tia avó, na capital fluminense e cursar faculdade de Moda, em uma instituição particular.
“Minha mãe dizia que, para eu estudar, eu teria também que trabalhar para ajudar nas minhas despesas. Daí, tive que conciliar as aulas com o trabalho de vendedora em uma loja de roupas femininas”, relata Manoela.
Além de vendedora de confecções, ela inclui no currículo as funções de assistente e coordenadora de visual merchandising, em renomadas redes de lojas. Mas, foi a experiência como vendedora de cartões que credenciou Manoela a investir no próprio negócio.
“Aprendi a ser, mais do que nunca, zero negativa, a ver um problema como uma solução. Até porque, quanto mais você remoi um problema, mais problema você vai ter”, afirmou a mãe da Maria Tereza, de 4 anos.
Aliás, a gravidez foi um dos fatores que mais influenciaram na decisão da Manoela de voltar a morar no Espírito Santo. “A Maria Tereza, inclusive, nasceu em Cachoeiro, quando eu praticamente já havia retornado para Mimoso. Sou extremamente família e queria estar mais perto dos amados avós paternos”.
A design de moda relata que o avô, de 87 anos, faleceu em fevereiro deste ano. “Ele vivia me dizendo que alcançar tudo o que eu queria não seria nada fácil. Hoje, olho para trás e me sinto muito feliz e realizada por chegar aonde cheguei”, orgulha-se a empreendedora que quer servir de inspiração para outras mulheres partirem em busca do que sonham.