O mandato dos desafios. E ainda não acabou...

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Em 1º de janeiro de 2017, prefeitos tomavam posse no Espírito Santo. O otimismo da vitória, a possibilidade de novos projetos. Foi um dia de comemoração. Eles já sabiam que seriam mandatos desafiadores, já que pegaram cidades impactadas pelo fim do Fundap, em 2013. Como o fim do incentivo, as contas de 2016 mostravam que não seria fácil gerenciar cidades como R$ 600 milhões a menos em caixa.

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A herança do fim do Fundap foi apenas a ponta do iceberg. No primeiro ano de mandato, os prefeitos tiveram um vislumbre do que estava por vir. A morte de centenas de macacos bugios nas florestas capixabas acendeu o sinal de alerta. Era a febre amarela dando as caras, assustando a população e causando a morte de dezenas de pessoas. Doença conhecida há décadas, com vacina conhecida, a imunização começou.

Divulgação

No mesmo ano, Estado e municípios experimentaram a maior crise de segurança pública de todos os tempos. No dia 4 de fevereiro, começou a greve da Polícia Militar. O cenário de guerra urbana estava instalado. Foram mais de 200 mortes no mês e uma perda do comércio estimada em R$ 300 milhões. Cerca de 300 lojas foram saqueadas e depredadas Espírito Santo afora, o que gerou mais R$ 30 milhões em prejuízo.

Foto: EPA/Arquivo

Início de 2018. Ano Novo, novos desafios. A greve dos caminhoneiros estourou em 21 de maio de 2018 e terminou no dia 30 do mesmo mês. Foram dez dias de desabastecimento em postos e supermercados, de rodovias paradas, produção agropecuária sem escoamento. Foi o caos imposto pela falta do movimento. Paramos, todos, para observar a falta de trânsito pesado nas estradas.

Feliz 2019. Ano novo. Uma lufada de ar fresco, não fossem as constantes brigas políticas. Esquerda contra direita. Brigas no WhatsApp da família por conta de questões ideológicas. Nos noticiários, o dia a dia era pontuado pelas histórias de Brasília e dedos apontando culpa de um ou de outro. Foi o ano político. Nos municípios, prefeitos tentando alavancar obras e deixar as contas em dia. Do outro lado do mundo, em Wuhan, na China, chegavam notícias esparsas sobre um vírus que estava intrigando os médicos.

Iconha, sexta-feira, 17 de janeiro de 2020, um ano que parece nunca terminar. O Rio Iconha subiu quatro metros e alagou o município. Depois disso, as manchetes só falavam da fúria das tempestades que assolou praticamente todas as cidades do Sul do Estado. Bairros inteiros debaixo d’água, desalojados, desabrigados. Só em Cachoeiro de Itapemirim, o prejuízo das enchentes chegou aos R$ 120 milhões. Enquanto os gestores tentavam recuperar estradas, limpar ruas e auxiliar moradores, o inimigo silencioso estava chegando.

Enchente Cachoeiro – 26-01-20 – Crédito: Fotógrafo Gut Beerli 3

Quarta-feira de Cinzas, 26 de fevereiro de 2020. 1º caso de Covid-19 no Brasil e no Espírito Santo… uma data que vai entrar para os livros de história e é uma história que ainda estamos contando.

Foto: Márcia Leal/PMCI

Foram quatro anos de muitas lutas para os prefeitos e cidadãos. Sem contar os desafios particulares de cada município, suas batalhas individuais. Não foi fácil. Mas estamos conseguindo. Aos bons gestores, àqueles que se importam com suas cidades e lutam pelos seus cidadãos, parabéns! Se o mandato 2017/2020 fosse um curso universitário, alguns de vocês já seriam doutores honoris causa.

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