Daqui a algumas horas, milhões de brasileiros vão às urnas decidir o futuro de sua cidade, votando em prefeitos e vereadores nas eleições municipais. E, você, já sabe qual seu voto? Não vou falar aqui nomes de prefeitos ou vereadores ficha limpa ou que você deveria votar, mas dar algumas dicas para você lembrar na hora do seu voto, dicas simples, mas que podem a fazer a diferença.
A primeira delas, e talvez mais importante, que eu ouvi quando trabalhava numa revista de algumas estagiários que me ensinavam muito sobre política é: vote em quem você acredita. O primeiro turno é feito para você votar naquele candidato, que vai ter muitos votos ou não, mas que segue uma ideologia que você acredita ser a certa. E mesmo que os outros digam que você votar em fulano não faz a mínima diferença, não importa.
O voto é livre, o voto é seu e com ele você expressa sua ideia política, sendo o candidato considerado popular ou não. Então, primeiro: vote em quem você acredita, em quem tem ideias parecidas com a suas. Talvez no segundo turno você fique na escolha de dois candidatos que você não gosta tanto assim, então, aproveite o primeiro turno para votar em quem você realmente gosta.
Outra questão, acho que paira mais no mundo feminino, sendo eu mulher, e ouvindo muitas outras mulheres falarem isso. Por um tempo, mas ainda bem que isso vem mudando, era muito comum a gente ouvir de uma mulher que ela iria votar em quem seu marido, namorado votar, porque o interesse dele era o que importava. Como eu disse, ainda bem, que isso vem mudando, porque, nós mulheres temos que entender que o que prevalece no voto é o nosso interesse. Você, coincidentemente, votar no mesmo candidato que seu marido, namorado, irmão, pai, tudo bem, pode ser que todos vocês tenham as mesmas ideias, mas votar porque ele “mandou”, não, o voto é seu.
Isso faz lembrar de um discurso da atriz Michelle Williams no Globo de Ouro, em que ela disse “Então mulheres, de 18 a 118 anos, quando for o momento de votar, façam isso de acordo com seus próprios interesses. É o que os homens têm feito há anos, e por isso o mundo se parece tanto com eles”. É para refletir.
Vale lembrar que o nosso voto é importante para definirmos a diversidade presente no cenário político. Segundo a diretora do Centro de Estudos as Relações de Trabalho e Desigualdades (CEERT), Cida Bento, em artigo publicado na Folha de S. Paulo da última quinta-feira (12), “É hora de diversificar as câmaras”. E como fazemos isso? Diversificar significa olhar também para o âmbito de representatividade e se perguntar quantas mulheres existem na câmara de sua cidade? Quantos homossexuais? Quantos indígenas? Quilombolas? É preciso prestar atenção nessa diversidade, porque isso reflete diretamente em uma sociedade mais justa que olha os interesses da população de maneira mais plural, então pare para considerar como seu voto pode fazer a política ser mais diversa e, realmente, atender aos interesses de todos.
E, por fim, claro que também vale a premissa de não votar em quem você não pesquisou ou não conhece. Pegar o papelzinho que está no chão na porta colégio eleitoral e votar nessa pessoa mesmo, não é um ato político, não é algo que vai ajudar você e todas as pessoas que vivem ao seu redor.
Pesquise, gaste alguns minutos do seu dia, pesquisando no Google o nome do seu candidato, veja as notícias relacionadas a ele, saiba o que de bom ele já fez e o que promete fazer (lembre-se que promessas muito fora da realidade, podem não dar em nada), e, claro, verifique se ele nunca se envolveu em casos de corrupção. Isso dura tão pouco tempo, e eu sei gasta tempo pesquisando tantas outras coisas na internet, por que não pesquisar o político por alguns segundos? E é só uma vez a cada quatro anos. Isso pode trazer tanta coisa boa para você uma saúde melhor, escolas e creches, transporte público…
Tudo isso faz a diferença, faz seu voto ser consciente. Boa votação!