Vendo a possibilidade de ficar impossibilitado de disputar as eleições deste ano, caso a Câmara Municipal de Muniz Freire confirme decisão do Tribunal de Contas do Espírito Santo (TCE), que rejeitou suas contas de 2017, Carlos Brahim Bazzarella, popular Dr. Carlinhos (PROS), recorreu à Justiça para impedir sessão ordinária que aconteceria nesta quinta-feira (13).
Segundo apurado pela Coluna, se as contas de Dr. Carlinhos forem votadas antes das eleições e rejeitadas, o prefeito ficaria inelegível, ou seja, não poderia disputar cargos eletivos nos próximos oito anos.
Sabendo do risco de ficar fora das eleições deste ano, na última semana o prefeito, por meio de seu advogado, teria enviado ofício ao Legislativo Municipal na tentativa de barrar a sessão marcada para esta quinta-feira, mas não obteve êxito no pedido.
No documento, a justificativa para impedir a votação das contas de Bazzarella seria o fato do vereador Roberto Paulúcio (PP) ser pré-candidato a prefeito e que poderia votar de forma parcial, com interesses políticos, numa espécie de perseguição ao chefe do Executivo.
O vereador, em sua defesa, disse ao presidente da Casa, Gedelias de Souza (PEN), que durante seu mandato jamais perseguiu a administração de Dr. Carlinhos e que no atual pleito já foram julgadas as contas de dois ex-prefeitos, onde sempre seguiu o entendimento do Tribunal de Contas na hora de votar.
Gedelias acatou a defesa de Roberto Paulúcio e manteve a sessão para julgamento das contas do prefeito. Na iminência de ficar fora das eleições, Dr. Carlinhos recorreu ao judiciário onde conseguiu uma liminar, por meio de medida cautelar, que suspendeu a sessão desta quinta-feira, já que o plenário teria que decidir se Paulúcio deve ou não participar da votação das contas do prefeito.
Por telefone, o presidente da Câmara informou que a decisão em relação a participação de Roberto Paulúcio na votação das contas ocorrerá na sessão da semana que vem e que uma nova sessão extraordinária será marcada para apreciação das contas do prefeito.