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A universalidade do eu

Cada um de nós somos únicos, nossas digitais, nossa íris, nosso DNA, nossa forma de enxergar as cores e a vida são individuais e nossas características guardam grande pessoalidade

3 mins de leitura

em 17 de jan de 2023, às 11h13

Foto: Pixabay

Não se trata de esquerda ou direita, nem tão pouco apoio a depredações de patrimônios públicos, os movimentos sociais existem e sempre existirão, são eles os responsáveis por mudanças sócio, geopolíticas nas sociedades ao redor do mundo.

Daqui há algumas décadas as crianças do futuro ouvirão seus professores discursarem sobre os fatos históricos ocorridos no Brasil, mais uma vez a história cumpre seu papel e segue seu fluxo construindo sua própria história.

Assim como a Guerra dos Canudos (1896/1897), Guerra dos Contestados, (1912/1916), revolta da vacina (1904), revolução de 1964, entre outros revoltas que marcaram a história contemporânea brasileira, sendo essas motivadas quer seja por razões políticas, partidárias ou religiosas.

Cada um de nós somos únicos, nossas digitais, nossa íris, nosso DNA, nossa forma de enxergar as cores e a vida são individuais e nossas características guardam grande pessoalidade.

Então, o que leva pessoas pacíficas e pacatas a se tornarem agressivas e agirem de forma inconsequente?

Porque pessoas colocam em risco a sua idoneidade física, emocional e psicológica em defesa de algo ou alguém?

Segundo Sigmund Freud em seu livro “Psicologia das Massas”, “a massa é extraordinariamente influenciável e crédula, é acrítica, e o improvável não existe para ela…”

Talvez esta seja uma possível explicação para o fenômeno social ocorrido em Brasília recentemente, somos animais sociais e na frenética busca pela interação social acabamos por abrir mão da nossa essencialidade, por isso influenciamos e somos influenciados pelo ambiente.

O sentimento de apoio e proteção gerado pela força do grupo leva também a sensação de impunidade. A troca de energia do grupo afeta diretamente as emoções primárias, amor e ódio ou se preferir raiva e paixão, esse processo neurofisiológico é fortalecido se estiver presente o sentimento de idolatria.

Friedrich Wilhelm Nietzsche foi um filósofo, filólogo cultural, poeta e compositor prussiano do século XIX, nascido na atual Alemanha. (1844/1900), disse certa vez que: “O ser humano deveria abandonar as muletas metafísicas…”, ideia essa que ele próprio traduzia como “morte dos ídolos”.

Tanto a raiva quanto a paixão são potencializadas se o indivíduo tiver apoio dos iguais, especialmente se permanecerem em aglomeração, pois a massa ignora o óbvio e despreza a razão.

Portanto, se desejamos mudar o mundo, melhor começar a modificação dentro de nós, se desejamos nos tornar colaboradores para que nossa pátria seja de fato amada, devemos estabelecer em nós o princípio da razão, antes de julgar, pense; antes de repassar, avalie, antes de acreditar, desconfie; antes de agir, reflita.

Fernando Rangel Pereira tem formação em Estudos Sociais, Farmácia, Psicologia com foco em Neuropsicologia Clínica.

As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do AQUINOTICIAS.COM

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