O incoerente fortalecimento do núcleo político conhecido como centrão, promovido pelo próprio presidente Jair Bolsonaro, aliado ao seu enfraquecimento no congresso nacional são indícios fortíssimos de queda política acentuada.
Como se não bastasse esses desencontros, o impasse sobre a vacina para combater o avanço da Covid-19, no qual o governo demostrou não ter um plano básico de vacinação em grande escala, pode ser a “pá de cal” para as pretensões bolsonaristas.
Por último, a trágica reunião com os governadores dos Estados realizada ontem (12), para debater a logística da vacinação. O resultado desse encontro foi um fracasso total e escancarou ainda mais a fragilidade do presidente e do titular da pasta da saúde, colocando em xeque a capacidade técnica e política da sua gestão.
Pelo visto, o que ainda mantém e manterá Bolsonaro de pé são as duas esquerdas brasileiras, a primeira regada ao saudosismo e romantismo partidário, a segunda tomada pela ganância e pela sede do poder. Enquanto isso, o Brasil e os brasileiros seguem ladeira abaixo e a política fica cada vez mais desacreditada, sem rumo e sem esperança.
Só nos resta aguardar e assistir a queda da estupidez e da esperteza, pois o Brasil e a sua gente são muito maiores do que essa insana disputa.
Que a soma disso tudo seja o renascimento do bom senso e da sensatez política, pelo menos isso,
Weverton Santiago