O consórcio do Caparaó, com seus 25 anos de existência, foi sem dúvida o grande instrumento de transformação, dessa que é sem dúvida a mais promissora de todas regiões de turismo do Espírito Santo.
Digo isso, pois acompanho de perto todo esse caminho, que começou lá nos fóruns de desenvolvimento regionais e passou por diversas fases, alternando momentos ótimos e bons, mas nunca de incertezas como de algum tempo para cá.
Como era bom participar dos disputados encontros do Consórcio do Caparaó, com seus entes políticos e comunidade. Muitos foram os debates promovidos pelo consórcio, que tinha a participação maciça das ongs e associações diversas, que representavam de verdade o nosso povo do Caparaó, a nossa essência de gente que queria batalhar pelas conquistas, uma a uma, do lugar onde viviam.
Porém, o tempo foi passando e talvez pelo desinteresse de alguns e pelo cansaço de outros a instituição foi aos poucos perdendo representatividade, força e unidade, passando a ser usada única e exclusivamente como trampolim político para algumas lideranças que só olham seus objetivos individuais, se esquecendo da verdadeira missão dessa importante ferramenta de desenvolvimento econômico e cultural da região do Caparaó.
Hoje, o Consórcio do Caparaó se encontra rachado, haja vista as eleições acontecidas nesta sexta-feira (26), onde o resultado de um empate entre o atual presidente, Luciano Salgado, o Pingo, prefeito de Ibatiba, e o prefeito de Divino de São Lourenço, Eleardo Brasil, mostra claramente o momento confuso de descaminhos que vive está instituição, que já foi exemplo para o Brasil.
O jovem e promissor prefeito de Ibatiba, talvez ferido em seu ego, por sua fracassada tentativa de dirigir a Amunes (Associação dos Municípios Capixaba), que vai eleger o prefeito de Cachoeiro de Itapemirim, Victor Coelho, para o próximo pleito, tentou se viabilizar para presidência do Consórcio Intermunicipal do Caparaó, onde disputou o seu terceiro mandato, mesmo sem poder, já que o que o estatuto da instituição não permite, pois está escrito no mesmo que cada presidente tem direito a apenas uma reeleição.
Segundo fontes, o atual presidente do consórcio, ao verificar sua eminente derrota no pleito tentou ainda emplacar a candidatura do prefeito de Ibitirama, Paulo Lemos, mas a proposta foi rechaçada pelos próprios prefeitos que pediram mais tempo para tentarem uma escolha em consenso.
O fato é que esta eleição mostra que a duração dada pelo atual presidente Luciano Salgado está longe de ser o que o Consórcio do Caparaó precisa para tomar forma de novo e seguir em frente nessa batalha que ainda se mostra muito árdua, na tentativa de desenvolver a região e seus componentes.
O consórcio precisará, como nunca, de uma gestão harmoniosa, com muito diálogo e muita gentileza com quem mais trabalha pelo desenvolvimento dessa nossa encantadora região. O Consórcio do Caparaó precisa valorizar e tratar muito bem o seu corpo técnico, que hoje é quem faz os movimentos reais de transformações de cada município caparaoense, e acima de tudo se tornar uma grande ferramenta de apoio aos tão combalidos municípios que compõem a instituição.
Que Deus em seu infinito amor, por nossa região do Caparaó, possa trazer para a direção do consórcio um prefeito chegado ao diálogo, a interação e bem articulado para buscar caminhos que nos levem a soluções práticas e urgentes para resolver os enormes gargalos que temos pela frente. Não a arrogância e a prepotência, e sim ao diálogo e a ternura!
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