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Especial

Lutas, desafios e as atribuições que ditam a vida da mulher moderna

Ser mulher nos dias atuais é dar contar de tudo e ainda ter que provar que é capaz de ocupar cargos, que antes eram ocupados por homens

Por Redação

6 mins de leitura

em 10 de mar de 2023, às 10h15

Foto: Arquivo pessoal

Por Alissandra Mendes

A mulher moderna dá conta de tudo ao mesmo tempo! Ela cuida da casa, dos filhos, dedica tempo ao marido, e ainda concilia tudo isso com um encontro de amigos, os estudos e a carreira profissional. Parece até que seu dia tem 48 horas! Ser mulher nos dias atuais é dar contar de tudo e ainda ter que provar que é capaz de ocupar cargos, que antes eram ocupados por homens.

Ufa! Não é mesmo uma tarefa fácil, mas as mulheres gostam de desafios e cada dia mais vêm ocupando lugares de destaque em suas profissões. É uma conquista e um mérito, fruto de um trabalho árduo, da dedicação, da determinação e da luta para alcançar os objetivos.

Com tantas atribuições diárias, muitas mulheres são inspirações para outras. Uma delas é a advogada, a corretora e gestora Maiara Tófano. Ela é uma mulher moderna, que conquistou seu lugar e luta por direitos igualitários da mulher, além de inspirar e incentivar outras mulheres nesse engajamento.

Maiara se define como uma mulher que rompe padrões. No ramo, que por muitos anos foi dominado por homens, ela se descobriu, se engajou com as lutas femininas e tem mostrando que as mulheres sabem o que querem.

“Sou muito mutante, indefinida. Acredito que cada um pode ter uma percepção sobre quem eu sou, em cada momento que me conhece. Ser mulher é ser cíclica. Mas, definitivamente sou uma mulher que rompe padrões e questiona o estereótipo. Crescemos aprendendo qual é o nosso lugar, só que nunca nos perguntam se é o que queremos. Por isso, ocupo lugares que não eram comuns ser femininos, mas sem perder a feminilidade, e o objetivo é trazer outras mulheres junto”, conta Maiara.

Formada em Direito e aprovada no exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Maiara nunca exerceu a advocacia. “Na faculdade eu já vendia cosméticos de revista e ganhei uma premiação por ter sido a número 1 em vendas. E honestamente? Nunca me imaginei seguindo uma profissão ‘definida’, como formar em arquitetura e ser aquilo. Quem me conhece sabe que sou muito dinâmica e adoro inventar uma moda. E o vendedor tem esse perfil, mais inquieto. Saí de um escritório de advocacia e vim para a imobiliária do meu pai. Foi onde me encontrei, na corretagem. E agora na gestão da empresa”, continua.

“Podemos (e devemos) ocupar o lugar que queremos”

Atuar em uma profissão dominada por homens requer romper barreiras e preconceitos, e o início pode ser bem desafiador. “No início, foram muitos desafios, pois era um mercado em sua maioria masculino, mas o preconceito foi de todos os gêneros. Quando entrei não existia marketing digital como hoje, as grandes mídias dominavam as informações e não tínhamos tantas vozes questionando o nosso status quo. Só que não é um preconceito ‘direto’, podemos dizer assim. O desafio maior era me fazer ser escutada, de certa forma. Eu tinha (e ainda tenho) que ser boa duas vezes”, ressalta

A superação veio com os bons resultados. “Nada questiona o resultado. Sempre cuidei dos interesses dos clientes como se fossem meus. Sempre fui muito transparente, visto que o objetivo não era o negócio em si, mas sim a satisfação dos clientes. Se eles estavam satisfeitos, meus honorários eram (e são) uma consequência disso, nunca o objetivo”, disse.

“O mercado imobiliário não é tijolo e construção, é um mercado de pessoas. Estudo muito o comportamento humano e cultural para entender o que posso me libertar, aplicar e dividir. Como disse: quando se é mulher você tem uma fórmula do sucesso: se cuidar, casar, ter filhos. Mas, hoje podemos (e devemos) ocupar o lugar que queremos. Não é uma decisão fácil, muita coisa e muita gente fica para trás, mas a vida é nossa, não é?”, questiona.

A mulher moderna busca inspirar

Maiara lidera uma equipe e tenta inspirar o time com boas atitudes. “Meu trabalho e também meu desafio é hoje na Gestão da Tófano Netimóveis. Temos um time de vendas, aluguel, incluindo administrativo, financeiro, jurídico, e gerenciar isso não é fácil. Também atuo em desenvolvimento de novos lançamentos imobiliários, formatando produtos que atendam as necessidades dos clientes locais, tendo mais êxito na venda”, explica.

Para ela, “é muito difícil ser mulher nos dias atuais, pois as exigências são muitas em relação a tudo que envolve as nossas decisões pessoais, que não deveriam passar pelo crivo de ninguém, mas que, principalmente, nos anulam”, cita.

“A própria maternidade muitas vezes anula aquela mulher que está ali, pois a partir do momento que ela é mãe, ela não é reconhecida mais unicamente como mulher, mas sim, mais como uma entidade. Por trás da mãe existe não só a esposa, a dona de casa, a profissional, mas existe a mulher que, por si só, que tem um passado, uma história e isso deve ser respeitado e colocado na mesa”, continua.

A gestora reforça ainda que maior parte da equipe é de mulheres. “Boa parte da minha equipe é feminina. Acredito que ter mulheres trabalhando comigo, de diferentes gênero e raça, idade ou orientações religiosas, contribui para que o mundo seja melhor, já que internamente estamos tendo um mundo melhor”, pontua.

“Estamos aqui para desagradar os outros e agradar nós mesmas”

Para Maiara, ser mulher nos dias atuais é se permitir escutar seu legítimo desejo. “Ser mulher é calar o mundo para ouvir o que o seu coração quer, se conectar com a sua identidade, com a sua intuição feminina, que é muito poderosa e às vezes nós permitimos o mundo abafar isso, mesmo sabendo que estamos certas. Meu conselho para todas mulheres é: acreditem na sua intuição, acreditem no seu coração, e não permita que outras pessoas e padrões estabeleçam a sua vida”, pontua.

“Dentro de nós, mulheres, existe um vasto universo, que precisamos aceitar e aprender a lidar esses tipos diferentes que existem dentro de nós e, principalmente, ouvir o que nós precisamos ouvir conosco mesmas, temos de respeitar essa intuição, essa individualidade, que vejo que se perdeu hoje. Quando temos um padrão, significa que temos todo mundo igual. Nos conectarmos e seguirmos o que o nosso coração acredita, vai nos fazer mulheres realmente realizadas”, destaca Maiara. A gestora pontua que é muito envolvida e engajada nessa luta das mulheres. “Somos criadas para agradar e nos calar, mas estamos aqui para desagradar os outros e agradar nós mesmas. Isso não é ser egoísta, é ser fiel ao seu coração e a nós mesmas”, completa.

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