A desfiliação de Jair Bolsonaro do PSL acontecerá nos próximos dias, segundo anúncio realizado pelo próprio presidente, nesta quinta-feira, 14, em transmissão semanal ao vivo no Facebook. “Lançamos aqui, não de forma oficial ainda, o novo partido Aliança pelo Brasil. Está em estudo ainda. A única certeza é que me desfilio nos próximos dias do PSL”, disse.
Comissão trava auditoria de gastos no cartão da Presidência
Senado dá transferência direta de emendas
Aliados de Doria elegem novo líder tucano e expõem racha na bancada
Bolsonaro afirmou, no entanto, que a separação é “amigável” e chegou a agradecer “todo o apoio e consideração” que teve “até o momento” no partido. Ele ainda desejou “boa sorte” ao presidente nacional da legenda, deputado Luciano Bivar. “Cada um segue o seu destino, como uma separação. Infelizmente, acontece na vida da gente; já me separei uma vez, estou no segundo casamento”.
Bolsonaro reclamou também da imprensa. “A imprensa está dizendo que vai ser o nono partido do Bolsonaro. Olha a má-fé! Que fosse o trigésimo partido”, declarou. Mas, afirmou, não se pode considerar fusão de partido como mudança de legenda. Ele disse que, por esse critério, passou por cinco siglas.
Na transmissão, o presidente confirmou que irá assistir ao jogo entre Santos e São Paulo, na Vila Belmiro, nesta sexta-feira, 15.
DPVAT
Bolsonaro abordou também a extinção do seguro de Danos Pessoais por Veículos Automotores Terrestres (DPVAT). O presidente ressaltou que o DPVAT foi extinto por medida provisória, que pode caducar ou ser rejeitada no Congresso, e o seguro voltar a valer.
“Quem quiser fazer um seguro pode procurar a seguradora; tudo o que é obrigatório não é bom”, ressaltou, ao lado do presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, que citou a seguradora do banco como uma opção.
A decisão de Bolsonaro de extinguir o DPVAT atingirá em cheio os negócios de Bivar. Desafeto do presidente da República, Bivar é o controlador e presidente do conselho de administração da seguradora Excelsior, uma das credenciadas pelo governo para cobertura do seguro.
Base de Alcântara
O presidente classificou o acordo sobre a Base de Alcântara (MA) como “bastante penoso”. Na live, Bolsonaro disse que, sobre “a questão dos quilombolas locais” , foi feito um acordo e que será priorizada a contratação de mão de obra dos moradores dessas comunidades para trabalhar na base. “Isso é muito bom para o Brasil”, afirmou.
Bolsonaro deu os parabéns aos presidentes do Senado, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), e da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), pela aprovação do acordo de salvaguardas tecnológicas de Alcântara.
O presidente chamou Alcolumbre e Maia como os “donos da pauta” do Congresso. “Até que enfim, a Base de Alcântara vai lançar satélites e outros artefatos. O Brasil entra no seleto grupo de países que têm tecnologia para lançar satélites”.
Pedro Caramuru e Daniel Galvão
Estadao Conteudo
Copyright © 2019 Estadão Conteúdo. Todos os direitos reservados.